Procura por repelente aumenta em farmácias de SP

26/10/2017


 

 

O medo de contágio pelo vírus da febre amarela alterou completamente a rotina dos comerciantes na região do Horto Florestal, no Tremembé, na Zona Norte de São Paulo. Os Parques Horto Florestal e Parque da Cantareira estão fechados desde a manhã do último sábado (21) após exames confirmarem que um macaco bugio encontrado morto estava contaminado com febre amarela silvestre.

 

 

 

Assim como os postos de saúde da região que estão lotados de moradores que desejam se vacinar, as farmácias próximas aos parques estão bem movimentadas por causa da procura por repelentes.

 

 

 

“Tem tido uma procura bem maior, o pessoal está bem assustado e estão tentando prevenir de qualquer maneira”, contou a funcionária de uma drogaria do Horto Florestal. “Nós pedimos para aumentar o depósito”, disse Erica Massini, de 33 anos.

 

 

Por causa da alta procura, as farmácias estão reforçando seus estoques. “Está saindo mais o repelente com icaridina, que é o mais forte contra o Aedes aegypti. As vendas aumentaram em torno de 30%. Por dia tem saído em torno de 15 unidades de repelentes e antes eram uma ou duas embalagens por dia. A gente fez um estoque para poder aguentar a demanda”, disse Sérgio Henrique, atendente da farmácia.

 

 

 

De acordo com o infectoligista Marco Antonio Cyrillo, diretor de infectologia do Hospital Igesp e membro da Sociedade Brasileira de Infectologia, o uso dos repelentes é o suficiente para impedir a picada do mosquito transmissor.

 

 

“Os repelentes existentes no mercado são seguros e eficientes para evitar a picada. Mas é preciso passar a cada 4 horas e ver a indicação para seu tipo de pele, além de usar roupas que cubram a região dos pés e penas”, disse.

 

 

Apesar do mosquito ter uma capacidade de sobrevoo de 500 metros, ele costuma picar no início da manhã e fim da tarde, momentos mais frescos do dia. “O tempo ameno estimula a fêmea a sair e picar as pessoas já que precisa de sangue para maturar os óvulos.”

 

 

Moradora do Jardim Peri, ele percorreu quatro postos para conseguir ser vacinada com o filho e faltou ao trabalho por causa da demora. “As filas estão muito grandes. Nós saímos hoje de manhã cedo, passamos pelo Peri, Vila Espanhola, Lauzane e o melhor foi aqui na UBS do Horto”, disse.

 

 

Os moradores da Zona Norte de São Paulo e região têm formado longas filas para se imunizarem. “Eu moro na Serra da Cantareira. Meu quintal tem várias árvores e muitas vezes vejo o macaco sagui e o próprio bugio que foi encontrado com a doença. Já tomei a vacina no próprio condomínio em um mutirão”, afirmou Wilson Ferreira de Souza, 55, gerente de logística, que também utiliza repelentes para afastar os insetos. “Repelente nós já usamos lá todas as noites pois a própria mata traz insetos”, disse.

 

 

 

A campanha emergencial de vacinação deve atingir 2,5 milhões de pessoas.

 

No caso de febre amarela silvestre, os mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes transmitem o vírus e os macacos são os principais hospedeiros. Os casos humanos ocorrem quando uma pessoa não vacinada adentra uma área silvestre e é picada por mosquito contaminado. Na febre amarela urbana o vírus é transmitido pelos mosquitos Aedes aegypti ao homem.

 

 

 

 

Fonte: G1


Sindicato Comércio Varejista Produtos Farmacêuticos do Município do Rio de Janeiro

Av. Almirante Barroso, 2 – 16 e 17º andar – Centro – 20031-000 – Tel: 21 2220 8585